QUANDO O VIRTUAL SE TORNA REAL...
domingo, 24 de abril de 2011(por DIANA)


Na época, era apenas conhecido, mais um colega... Estávamos nos preparando pra uma greve e como eu não sou exatamente uma pessoa muito acomodada, acabamos nos tornando mais próximos, nas reuniões e paralisações...
Disto decorreu que eu o adicionei no orkut... E aí descobri que ele tinha várias comunidades sobre hidrocefalia e logo eu quis saber o porquê.. Descobri que ele era tio de Jade... Uma garotinha linda e incrível de tão inteligente, que eu tive oportunidade de conhecer pessoalmente e que, assim como eu, também nasceu com hidro, fez várias cirurgias, já teve convulsão e superou tudo isto com muita graça...
Pois bem... Saí adicionando todas as comunidades sobre hidro que tinha no perfil dele...
E, de imediato, a Teisa se apresentou, me dando as boas vindas, perguntando o que eu tinha a ver com a hidro e pedindo pra eu me apresentar no tópico adequado...
Já me senti, de logo, muito acolhida e fiz o que ela pediu... A princípio, não havia muitos chipadinhos adultos na comu, a maioria era de mamães, papais, tias e vovós de crianças com hidro...
Aos poucos, devagar e sempre, vi meus contatos do meu perfil pessoal do orkut irem aumentando vertiginosamente...
Eram várias destas mamães sedentas por informações, querendo saber mais detalhes sobre como eu cresci e me tornei uma pessoa “normal” mesmo tendo nascido com hidro...
Foi engraçado porque eu me surpreendi muito... Apenas falava do que eu sabia, do que eu conheço, do que eu vivi, do que eu experimentei... Não criei, não aumentei, não inventei nada, não fantasiei nada do que me aconteceu, mas o simples fato de relatar umas poucas experiências minhas tinha o condão de devolver o chão embaixo de algumas pessoas...
E, de imediato, a Teisa se apresentou, me dando as boas vindas, perguntando o que eu tinha a ver com a hidro e pedindo pra eu me apresentar no tópico adequado...
Já me senti, de logo, muito acolhida e fiz o que ela pediu... A princípio, não havia muitos chipadinhos adultos na comu, a maioria era de mamães, papais, tias e vovós de crianças com hidro...
Aos poucos, devagar e sempre, vi meus contatos do meu perfil pessoal do orkut irem aumentando vertiginosamente...
Eram várias destas mamães sedentas por informações, querendo saber mais detalhes sobre como eu cresci e me tornei uma pessoa “normal” mesmo tendo nascido com hidro...

Foi engraçado porque eu me surpreendi muito... Apenas falava do que eu sabia, do que eu conheço, do que eu vivi, do que eu experimentei... Não criei, não aumentei, não inventei nada, não fantasiei nada do que me aconteceu, mas o simples fato de relatar umas poucas experiências minhas tinha o condão de devolver o chão embaixo de algumas pessoas...
Era interessante como, às vezes, eu chegava em casa fula da vida por algum acontecimento banal do dia a dia e, ao ligar o computador, lá estava um recadinho de alguma destas mamães iluminadas que me agradecia simplesmente por eu existir, compartilhar a minha história e dar-lhes esperança e coragem pra lutar e investir em seus filhos...
Ah, como isto me curava de toda e qualquer coisa!!! Causava uma sensação boa de que, apesar da minha pequenez e insignificância, impotência mesmo diante de certas coisas da vida, existir valia a pena pelo simples fato de que fui útil...
Ao menos servi pra acalmar o coração aflito de uma mãe...
E, quando dei por mim, aquela comu já havia se tornado simplesmente indispensável na minha vida... Uma verdadeira família virtual...
Algumas pessoas que eu nunca abracei pessoalmente se tornaram como irmãs pra mim e sabiam da minha vida tanto quanto ou mais do que amigas que vivem bem perto de mim...
E naturalmente veio o desejo de torná-las “reais”, de ver o rosto, escutar o riso e sentir o calor do abraço de algumas destas pessoas fabulosas que mudaram minha vida e me devotaram um amor tão incondicional e por tão pouca coisa que pude doar a elas...
E aí teve início a jornada...

Ah, como isto me curava de toda e qualquer coisa!!! Causava uma sensação boa de que, apesar da minha pequenez e insignificância, impotência mesmo diante de certas coisas da vida, existir valia a pena pelo simples fato de que fui útil...
Ao menos servi pra acalmar o coração aflito de uma mãe...

E, quando dei por mim, aquela comu já havia se tornado simplesmente indispensável na minha vida... Uma verdadeira família virtual...
Algumas pessoas que eu nunca abracei pessoalmente se tornaram como irmãs pra mim e sabiam da minha vida tanto quanto ou mais do que amigas que vivem bem perto de mim...

E naturalmente veio o desejo de torná-las “reais”, de ver o rosto, escutar o riso e sentir o calor do abraço de algumas destas pessoas fabulosas que mudaram minha vida e me devotaram um amor tão incondicional e por tão pouca coisa que pude doar a elas...
E aí teve início a jornada...
Um belo dia, duas amigas apareceram .Duas grandes amigas me pegando no susto e me compelindo, na última semana possível para marcação de férias pro período que elas queriam, pra fazermos uma viagem a Curitiba... Perfeito... Não conhecia a cidade, morria de curiosidade, adoro frio, adoro o Sul, adoro vinho e lá viviam a Tere e a Ju, dois anjos lindos, presentes pra vida que a comu de hidro me trouxe...
O pretexto não poderia ser mais apropriado... A Tere é uma daquelas criaturas que, em verdade, são anjos que quebraram suas asinhas e andam aqui por este planetinha atrasado por distração ou esquecimento, sabe-se lá...
Adotou a mim e às minhas amigas e nos levou pra fazer passeios lindos e maravilhosos pela bela Curitiba, que se tornou ainda mais encantadora, ao ser apresentada pela sua encantadora ótica...

O pretexto não poderia ser mais apropriado... A Tere é uma daquelas criaturas que, em verdade, são anjos que quebraram suas asinhas e andam aqui por este planetinha atrasado por distração ou esquecimento, sabe-se lá...
Adotou a mim e às minhas amigas e nos levou pra fazer passeios lindos e maravilhosos pela bela Curitiba, que se tornou ainda mais encantadora, ao ser apresentada pela sua encantadora ótica...
A Ju é uma irmã que nasceu longe de mim por acidente ou descuido do céu, não sei ainda... Aquela pessoa que quando encontrei pela primeira vez, parecia que eu nunca tinha estado longe dela...
A intimidade e a cumplicidade parece que eram de uma vida inteira... Visitei sua casa, conheci sua linda família e me senti completamente à vontade...
Tinha um banquete me esperando, secamos uma garrafa de vinho papeando na cozinha, conheci o tão famoso quarto da princesa Julinha, demos várias risadas, tirei várias fotos com o lindo guerreiro Gabito, que se recuperava da cirurgia da coluna...
Saímos pra jantar, ela quase me afoga no meio de tanta cebola, roubamos uma caneca desonestamente no Bar do Alemão e ainda fizemos tanta farra que até comemoramos o niver da Ju fora da data, só porque gamamos no bolo de algodão doce da pizzaria... KKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A intimidade e a cumplicidade parece que eram de uma vida inteira... Visitei sua casa, conheci sua linda família e me senti completamente à vontade...
Tinha um banquete me esperando, secamos uma garrafa de vinho papeando na cozinha, conheci o tão famoso quarto da princesa Julinha, demos várias risadas, tirei várias fotos com o lindo guerreiro Gabito, que se recuperava da cirurgia da coluna...
Saímos pra jantar, ela quase me afoga no meio de tanta cebola, roubamos uma caneca desonestamente no Bar do Alemão e ainda fizemos tanta farra que até comemoramos o niver da Ju fora da data, só porque gamamos no bolo de algodão doce da pizzaria... KKKKKKKKKKKKKKKKKKK!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Em meio a tudo isto, a Tere teve que viajar, mas toda preocupada conosco... E fez questão de voltar a tempo pra aproveitar com a gente um pouco mais...
E, no último dia, tivemos uma recepção da mais alta classe na casa deste lindo anjo, com uma comida divina e maravilhosa, que até hoje tenho saudades e conheci toda a família, com exceção de seu esposo e dos seus filhos...
Vi todas as lindas fotos do Léozinho... Conheci a fofíssima Déia, os netos lindos da Tere, inclusive a Luisa, que já estava na barriga e conheci também o quarto da linda princesa de olhos azuis...
E pude ver com quanto amor, carinho e expectativa estava sendo preparada a sua chegada tão especial...
E, no último dia, tivemos uma recepção da mais alta classe na casa deste lindo anjo, com uma comida divina e maravilhosa, que até hoje tenho saudades e conheci toda a família, com exceção de seu esposo e dos seus filhos...
Vi todas as lindas fotos do Léozinho... Conheci a fofíssima Déia, os netos lindos da Tere, inclusive a Luisa, que já estava na barriga e conheci também o quarto da linda princesa de olhos azuis...
E pude ver com quanto amor, carinho e expectativa estava sendo preparada a sua chegada tão especial...
Fiquei sinceramente tocada e emocionada com toda a amorosidade e carinho existente nas duas lindas famílias, de uma fortaleza, alegria e coragem quem me inspiram até hoje...
E voltei pra Salvador com o coração cheio de gratidão e saudades, agradecendo a Deus incontáveis vezes por me permitir existir pra conhecer pessoas tão fantásticas, que fazem tanta diferença na minha vida e me fizeram sentir tão querida e especial...
Se Deus quiser, volto em Curitiba em breve pra matar saudades...
E voltei pra Salvador com o coração cheio de gratidão e saudades, agradecendo a Deus incontáveis vezes por me permitir existir pra conhecer pessoas tão fantásticas, que fazem tanta diferença na minha vida e me fizeram sentir tão querida e especial...
Se Deus quiser, volto em Curitiba em breve pra matar saudades...
Obrigada, Papai do Céu, por me privilegiar com estes encontros fabulosos que fazem a vida valer tanto a pena!!!!!!!!!
Saindo da vontade...

(por JU)





Uma visita rápida que deixou gostinho de quero-mais.
Alguns meses depois fui no aniversário da Amandinha e conheci toda a família, uma semana depois o Gabriel foi internado para cirurgia da coluna e ela ficou comigo a tarde todinha, conversamos muito, recebi dela todas as boas vibrações, suguei dela todo dengo, todo chamego que eu precisava no momento.
Alguns meses depois fui no aniversário da Amandinha e conheci toda a família, uma semana depois o Gabriel foi internado para cirurgia da coluna e ela ficou comigo a tarde todinha, conversamos muito, recebi dela todas as boas vibrações, suguei dela todo dengo, todo chamego que eu precisava no momento.
Nessa mesma internação fui surpreendida ainda com a ligação da Fabi, da Thalita e da Diana, foi muita emoção, muito carinho que nem sei se merecia tanto

E uma certa noite num encontro via msn a Diana me contou empolgadíssima sobre as ferias que meio no susto seria em Curitiba e poderemos nos conhecer, que sonho...

No domingo saimos na night curitibana,conheci sua amigas, umas paixões também
tomamos...(bem prefiro não comentar,haha).Ganhei uma canequinha honestamente e outra nem tão honestamente assim, conversamos, rimos, comemoramos meu primeiro aniversário em julho, até então só havia comemorado em fevereiro, foi tudo maravilhoso.

A Di é uma pessoa muito especial, daquelas que não da vontade se separar.
Foi assim que conheci duas das melhores pessoas do mundo, minhas amigas perfeitas, minhas companheiras, minhas lindas, minhas perfeitas
pra sempre em meu coração.
BRUNO



Meu ginecologista foi um verdadeiro cavalo, um animal quando disse: Ele não vai sobreviver, é um bebe que não deu certo, você deveria tomar uma injeção letal e tirar pois ele não tem 15 dias.

Fiz tratamentos espirituais e graças a eles , minha gravidez foi tranquila e o Bruno nasceu aos 9 meses.


Voltei aquele medico, para mostrar o quanto ele estava errado. Ele ficou assustado, o Bruno estava gordinho, com pescoço durinho, super esperto, me senti realizada.
Hoje ele esta com 12 anos.
Esta no sexto ano do fundamental, canta no coral Sou da Paz, muito querido pelos amigos, conhecido aqui na cidade, pois vai a todos os lugares.

Curtam seus filhos,amem muito não subestimem suas capacidades.
ARETA
sábado, 23 de abril de 2011
Sou a Areta e tenho 28 anos
Nasci com Hidrocefalia e com alguns dias de idade coloquei a válvula.




Mais mesmo entendendo e falando japonês eu sofri preconceito por muito tempo, os alunos foram se acostumando e eu também fui rebatendo as ofensas, teve dia que meu pai foi ate chamado na escola por causa de uma briga que tive com outro aluno.

Ai foi passando o tempo. Quando eu tinha acho que 11 anos comecei a sentir um incomodo no pescoço bem atrás da orelha.Quando fui ver era a válvula que estava pequena e eu acho que tinha se deslocado da cabeça.

Fiquei muito preocupada, eu pensava que eu poderia morrer e foi ai que inventei na escola que eu tava sentido dor de cabeça para poder ir ao medico pois depois que viemos para o Japão eu não estava indo ao medico fazer acompanhamento.


Fiz vários exames e lembro que o hospital chamou um tradutor para eles poderem nos falar que estavam assustados,que nos exames saiu que minha hidrocefalia tinha estacionado e que a válvula tinha parado de funcionar.

Como eu tinha crescido a válvula tinha ficado pequena, e que se eu quisesse poderia tirar a parte do pescoço e que não ia ter problema algum.


Foi ai que resolvi tirar, só que em vez do medico ter tirado do corpo também, ele tirou só que a parte que estava me incomodado.Mas como eu não sentia nada de estranho fiquei com uma parte da válvula no corpo.

Depois de um tempo meus seios começaram a desenvolver e com isso fui reparando que meu seio direito onde passava a derivação da válvula, tava desenvolvendo estranho estava menor que o outro.Eu já tinha uns 18 anos e já estava namorando e sonhando em me casar ,só quando eu tomava banho e via meu seio direito estranho e me incomodada.

Fui eu de novo no hospital perguntar para o medico se não tinha como tirar também a parte do corpo e o medico falou:- Tudo bem!
Lá fui eu novamente para a sala da cirurgia e tirei com 19 anos. Casei ,e meu marido mesmo sabendo que eu tinha hidrocefalia aceitou-me e ate falou que tinha muito orgulho de mim, porque apesar de eu ter sofrido muito na minha infância eu era uma guerreira que nunca abaixou a cabeça mesmo com muitos preconceitos.

Até meus 21 anos de idade vivia muito bem, estava casada, realizada e pensando em ter filhos
Só que infelizmente não pude realizar, pois descobrimos que eu tinha insuficiência renal e que meus dois rins só funcionavam 15% .

Foi um choque para mim e para minha família na hora minha mãe falou:- Filha não se preocupa e não desanima.Você venceu a hidro e vai vencer mais essa. Eu, como sua mãe que sempre lutou pela sua vida dou meu rim para você com todo amor !

Só que meus dois rins ainda estavam funcionando 15% , não era o momento de um transplante então fiquei no conservador durante 3 anos.
03 anos de muito sofrimento, revolta ,choros, desespero, medo, mas mesmo assim nunca desistia de viver e nem abaixava a cabeça, como sempre fiz.
Até que chegou o dia que eu teria que escolher, ou iniciaria o tratamento de Hemodiálise ou o transplante então com o amor da minha mãe que sempre lutou pela minha vida, ela me doou o seu rim me dando pela segunda vez a vida , hoje sou transplantada ah 4 anos..
Até que chegou o dia que eu teria que escolher, ou iniciaria o tratamento de Hemodiálise ou o transplante então com o amor da minha mãe que sempre lutou pela minha vida, ela me doou o seu rim me dando pela segunda vez a vida , hoje sou transplantada ah 4 anos..


Sou conhecida como a transplantada e abençoada e feliz. Abençoada por ter vencido a Hidrocefalia e a insuficiência renal...
Bom essa é minha historia de vida e tenho imenso prazer de compartilhar com vocês...